Imaginando que desta vez a experiência fosse ser mais desafiadora (mas nem por isso preocupada ou nervosa), me preparei para enfrentá-la: além de levar a bordo uma mochila de mão confortável e fácil de carregar, tive o cuidado de deixar à mão não só os itens básicos para os cuidados do Miguel (fraldas, mudas de roupa, água, comidinha), como também alguns objetos que pudessem entretê-lo: um estojo com brinquedinhos e três livros. Assim, tínhamos material suficiente para diverti-lo por um bom tempo.
Aliás, se o assunto é "entretenimento para bebês", eu sou bastante criteriosa: telas, para mim, nunca são uma opção. Então, eu já estava bastante certa e convicta de que, caso o Miguel ficasse entediado ou chorasse durante o voo, colocá-lo diante de um iPhone, um iPad ou uma telinha de televisão não seria uma alternativa (posso fazer um post só sobre isso, inclusive).
Desta vez, a configuração da aeronave era o ideal para pai, mãe e bebê de colo: os assentos eram de dois em dois. Assim, não tivemos nenhum viajante ao nosso lado, o que sempre nos deixa com mais liberdade, né?
Quando o Rafa e eu nos sentamos nas nossas poltronas no avião, já tinha uma tela ligada logo na frente de cada um, nos encostos das poltronas dianteiras. Óbvio que eu não daria chilique caso não conseguíssemos desligá-las; iria apenas "fazer a egípcia" e tentar desviar a atenção do Miguel para outras coisas. Mas felizmente o Rafa acabou descobrindo que era só reduzir o brilho da tela até o mínimo, e ela seria desligada.
Na ida, o voo decolou bem na hora em que habitualmente o Miguel costuma comer a fruta da manhã. Para deixar tudo mais prático, resolvi adaptar a rotina dele e substituir a fruta por uma mamadeira. Foi ótimo: além de fazer menos bagunça, tomar mamadeira o relaxa, e ele dormiu logo após mamar. Com isso, ele nem viu a decolagem!
Nossa experiência foi muito bem-sucedida: tanto na ida como na volta, o Miguel dormiu no meu colo durante 1h (e olha que dormir no colo é algo de que ele não gosta!). Durante o tempo em que esteve acordado, ficou tranquilo no colo, mexendo com outros passageiros, brincando ou "lendo" algum livro. Sendo bem sincera, uma tela não fez a menor falta.
Na viagem de ida, o procedimento de descida do avião não foi tenso, mas a aeronave balançou um pouco nas nuvens. Nessa hora, acho que ouvido do Miguel deve ter doído, porque ele chegou a chorar e ficou bem agarradinho comigo. Mas essa parte mais desconfortável durou pouco, assim como o choro dele.
Graças a Deus, até hoje, nas nossas quatro experiências de voo com o Miguel, não tivemos necessidade de trocá-lo dentro do avião. Sendo bem sincera, ainda não consigo nem imaginar essa situação de ter que trocá-lo naquele banheiro minúsculo e com o avião chacoalhando, hahaha! Mas tenho plena convicção de que uma hora ou outra isso vai ser necessário, e tento não entrar em pânico diante dessa possibilidade (rs). Afinal, conforme a experiência com a maternidade vem me mostrando, a gente sempre dá conta!
Acredito muito que, se nos prepararmos para a experiência e pensarmos nos possíveis imprevistos que podem acontecer, a viagem de avião com bebês pode, sim, ser muito tranquila e prazerosa. Nossos filhotes tendem a nos surpreender positivamente; e possibilitar-lhes vivenciar esse tipo de experiência ajuda a deixá-los cada vez mais à vontade com esse tipo de situação!