Beleza tem a ver
  • Blog
  • Sobre
  • Contato
  • Blog
  • Sobre
  • Contato
Beleza tem a ver

Beleza tem a ver

porque beleza tem a ver com todas as coisas boas da vida!​

Exercitando a gratidão

9/8/2016

0 Comentários

 
 Imagem
Eu tenho a seguinte teoria:
só se é quem se quer ser
agindo como se já o fosse.
Explico: se você quer ser naturalmente simpático, naturalmente generoso ou naturalmente calmo, você só vai conseguir alcançar seu intento se forçar a barra e agir como se você já fosse naturalmente assim.  Aos poucos, esse comportamento forçado se tornará habitual e natural para você. Tudo na vida é questão de prática, de treinamento, de exercício. Da mesma forma que você pode se exercitar para ser aprovado num concurso, você pode se exercitar para ser amável, confiante, responsável ou o que quer que seja.

Assim, também é possível exercitar a gratidão e ser uma pessoa mais grata (e consequentemente mais feliz e realizada). O exercício diário da gratidão pode trazer consequências benéficas para o corpo e para a mente – e, como eu falei, é apenas uma questão de prática. Focar no que se tem e agradecer pelas pequenas e pelas grandes coisas da vida é uma forma de alcançar a plenitude e a paz interior. À medida que se vai exercitando a gratidão, ela deixa de ser algo pontual e passa a ser um estado permanente de espírito: não estou grato; sou grato pela minha vida e por tudo o que nela abunda; não foco no que me falta, mas me realizo com os bens materiais e imateriais que possuo.

Mas como exercitar a gratidão? Existem várias formas de ser uma pessoa mais agradecida:

- Experimente fazer um exercício diário: escolha um momento do dia para listar – na mente ou num papel – todas as coisas boas que você possui ou que lhe acontecem. Amigos, familiares, saúde, bens materiais, fatos que te deixaram feliz naquele dia... Enfim: em pouco tempo você verá que a lista de coisas boas é interminável!

- Ao invés de focar no que te falta, foque no que te abunda. Com certeza, a segunda lista será muito maior do que a primeira!

- Preste mais atenção ao seu redor e às coisas que você recebe (dos outros e da vida). Agradeça às pessoas pelo bem que fazem a você (ainda que se trate de pequenos gestos!) e a Deus, se você crê Nele.

- Uma vez por ano ou por semestre escolha um dia para ser o seu dia de ação de graças. Faça uma celebração para agradecer por tudo de bom que lhe aconteceu durante aquele período de tempo. Esta celebração pode ser intimista, sua consigo mesmo; na sua igreja; ou um encontro com seus familiares, em que você convida cada um deles a anotar as razões pelas quais eles são gratos e a celebrar todas estas conquistas.

- Faça um pote da gratidão: um potinho de vidro que você abastece diariamente com pequenos pedaços de papel em que você escreve as boas coisas que possui e os bons momentos que viveu. Ao final do mês ou do ano, retire os papeizinhos e leia um por um: você vai lembrar que tem muitos motivos para sorrir!

- Converta sua gratidão em boa ação. Quando lhe acontecer algo que te deixe feliz e grato, retribua à sociedade, a Deus, ao Universo (ou a quem você bem entender) fazendo uma boa ação. Não precisa ser nada grandioso nem precisa fazer alarde disso. A questão é sua consigo mesmo. Você verá o bem que isso fará ao seu coração! :)

Você também poderá gostar de:
 Imagem
O PROBLEMA DE ESTIMAÇÃO
 Imagem
SOMOS ESPONJAS
 Imagem
UM VIVA À VIDA ADULTA
0 Comentários

Questionando a blogosfera

3/8/2016

0 Comentários

 
Imagem
Eu não tenho o Beleza Tem a Ver como um instrumento de trabalho, não ganho dinheiro como blogueira nem me dedico exclusivamente ao blog. Entretanto, sempre levo as coisas por aqui com seriedade e compromisso; publico novos posts de segunda a sexta-feira, religiosamente, e procuro manter um conteúdo informativo e enriquecedor, em alguma medida, para os leitores. Assim, embora eu não seja uma "blogueira profissional", me sinto parte da blogosfera. E como integrante deste universo, me julgo no direito (e na obrigação) de questionar certas práticas que vejo ocorrer em seu âmbito.

É claro que não sou ninguém para ficar julgando hábitos de blogueiras mais famosas do que eu (falo no feminino porque são as mulheres que eu costumo acompanhar). Se elas estão onde estão, é porque fazem sucesso; é porque o que elas andam fazendo atrai e agrada ao público. Então, quero deixar claro que não estou assumindo aqui a posição de quem acusa ou aponta o dedo. Quero, apenas, propor uma reflexão sobre certas práticas que já estão enraizadas em grande parte da blogosfera, e que muita gente consome com passividade. Há algum tempo eu publiquei um post dentro desta temática (para lê-lo, clique aqui). No post de hoje quero discorrer sobre alguns tópicos específicos:

Mais do mesmo
Algo que tem me incomodado um pouco é a padronização de certos comportamentos entre os blogueiros. Seguindo um desejo (legítimo) de reproduzir fórmulas que têm feito sucesso com as outras pessoas que atuam neste ramo, os blogueiros (homens e mulheres) estão, em verdade, se tornando muito repetitivos. As "tendências" viraram a regra, e o que se vê por aí é "mais do mesmo". Vejam-se, por exemplo, os perfis dos blogs e dos blogueiros no Instagram. A onda agora é o tal do grid "clean", "branco" ou "estilo tumblr": de repente, todo mundo começou a postar fotos com fundo branco, cores claras, pouca saturação. Enquanto isso era característica de uns poucos (como a Melina Souza), eu achava bem legal. Era um sinal de personalidade; uma forma de identificar um ou outro blogueiro, de particularizá-lo. Mas de repente todo o meu feed do Instagram começou a ficar lotado de fotos brancas, e eu estou achando isso a coisa mais sem graça do mundo! Sério, pra quê isso? Se a vida é colorida, por que ficar apagando as cores das imagens do dia a dia? Desde o momento em que eu percebi que as fotos clean viraram febre, tenho feito questão de deixar o meu perfil no Instagram ainda mais colorido (vai ver que, a partir de agora, isso é o que vai me diferenciar dos demais).

Merchandising deslavado
Qualquer pessoa que já acompanhou alguma telenovela é capaz de afirmar que, se tem uma coisa que consegue avacalhar uma cena, essa coisa é o tal do merchandising deslavado. Quando uma cena é utilizada para fazer propaganda de uma marca (de refrigerante, de shampoo, de carro ou de qualquer outro produto), até a Regina Duarte e o Tony Ramos são capazes de trabalhar mal. Perdem toda a naturalidade do jogo cênico, porque têm consciência de que comercial no meio da novela é forçação de barra. Mas, no final das contas, vale a pena, porque a grana é boa.
Com a perda do protagonismo da televisão como meio de entretenimento e sua substituição pela Internet, era natural que o merchandising migrasse para as novas mídias e alcançasse os principais "influenciadores digitais". Resultado: grandes blogueiros e YouTubers hoje são pagos para divulgar produtos. Há algo de errado nisso? Não. Algo de ilícito, de imoral? Em absoluto! Porém, é facilmente perceptível a perda de naturalidade dos "influenciadores digitais" quando estão fazendo propaganda paga em seus blogs e canais. É claro que é absolutamente legítimo que os grandes blogueiros utilizem seu poder de alcance como uma forma de ganhar dinheiro. Eles, aliás, têm muito mérito por terem conseguido o número de seguidores que possuem; e, portanto, merecem ser recompensados. Dificilmente se consegue um grande público sem muito trabalho e dedicação. Porém, eu sempre achei que a graça dos blogs residia na espontaneidade dos posts. E, quando a coisa fica comercial demais, essa graça acaba indo embora, junto com a espontaneidade e a naturalidade do blogueiro que está sendo pago para anunciar.

E o conteúdo?
Estou certa de que avaliar a qualidade do conteúdo de um blog é algo extremamente subjetivo. A Internet é altamente democrática: há conteúdo para todos os gostos, todas as idades e todos os públicos, e cada um dá ibope para o site que quiser. Além de tudo, grande parte das pessoas utiliza a Internet como fonte de lazer e entretenimento – e quem sou eu pra julgar o que cada pessoa consome em seu tempo de ócio. Porém, me decepciono um pouco quando vejo blogueiros que se dizem preocupados com o conteúdo se renderem a certas temáticas. Existe uma TAG, por exemplo, que grande parte dos blogueiros famosos já respondeu e é intitulada "100 perguntas que ninguém te pergunta". A maior parte das perguntas é altamente boba e irrelevante, parece brincadeira de criança. Coisa do tipo: "Você prefere ser atacado por um enxame de abelhas ou por um urso?". Sério mesmo, eu já passei da idade de me interessar por esse tipo de brincadeira que cria um dilema altamente sem nexo (como alguém "preferir" um ataque e, ao mesmo tempo, poder "escolher" a forma como será atacado) e exige resposta rápida do "entrevistado". Enfim, sei que não sou obrigada a nada, então, se não gostei de um post ou vídeo publicado por um blogueiro, é só eu fechar a página do navegador silenciosamente. Mas, de toda forma, acho válido questionarmos o que consumimos (enquanto leitores e seguidores) e o que reproduzimos (enquanto blogueiros e YouTubers) na Internet.

Sei que, enquanto pessoas inseridas nas mídias sociais, todos estamos sujeitos a reproduzir algum tipo de comportamento que não acrescenta nada para ninguém. Não vou dizer que nunca fiz ou nunca farei isso. Mas gostaria que meus leitores soubessem que não é sem reflexão que eu procuro os conteúdos para o blog. E que eu espero, sinceramente, sempre ter algo para acrescentar à vida de quem acessa os meus posts e vídeos!

Você também poderá gostar de:
Imagem
SOMOS ESPONJAS
Imagem
E QUANDO A CAFEÍNA ESTÁ NO “EU VIRTUAL”?
Imagem
O SABE-TUDO DO SÉCULO XXI
0 Comentários

O relacionamento amoroso na balança

28/7/2016

0 Comentários

 
Imagem
Relacionar-se não é lá uma das coisas mais fáceis de se fazer. As pessoas têm personalidades diferentes, gostos diferentes, concepções de vida diferentes, valores religiosos não necessariamente iguais e foram educadas de forma diferente por pessoas igualmente diferentes. Nada disso que eu falei é novidade: todo mundo está cansado de saber. Porém, o que nem todos sabem é a melhor forma de lidar com as diferenças – o que pode acabar gerando "relacionamentos abusivos", como diria Jout Jout Prazer.

E, então, se o relacionamento amoroso não anda muito bem das pernas, algum critério deve ser adotado para decidir se vale ou não a pena mantê-lo. Nessa hora, grande parte das pessoas coloca qualidades e defeitos na balança e tenta responder àquela velha pergunta: "as qualidades do meu parceiro (ou da minha parceira) superam os seus defeitos?". Se superam, vale a pena dar uma chance ao amor e continuar com a relação; se não, sinal vermelho: é hora de tomar uma atitude.

Acho que essa técnica de colocar os prós e os contras na balança é bastante válida: se há amor entre o casal, não dá para abandonar o cara (ou a mulher) por causa de defeitos não tão relevantes (afinal, quem é perfeito?). Porém, me recuso a acreditar que é saudável manter um relacionamento baseado exclusivamente no lema: estou com esta pessoa porque as suas qualidades superam os seus defeitos.

Poxa, se você tem que ficar afirmando, para si e para os outros, que as qualidades dele (ou dela) superam os defeitos, acho que pode ser sinal de que esses defeitos não são tão irrelevantes assim. E eu estou falando isso porque, na minha concepção de relacionamento feliz, os parceiros necessariamente se relacionam com pessoas cujas qualidades superam – em muito! – os defeitos. Mas eles nunca param pra pensar nisso. Eles nunca têm que ficar falando isso pra si mesmos. Nem pros outros. Simplesmente porque, se as qualidades não superassem os defeitos, não haveria razão para estarem juntos. Se as qualidades não superassem os defeitos, não existiria a admiração necessária para a manutenção do vínculo amoroso.

Se é preciso colocar o relacionamento na balança a toda hora, a todo momento, é sinal de que algo está errado. Quando alguém te pedir para descrever o seu amado (ou a sua amada), a primeira resposta que tem que vir à sua mente é: "Ele é o máximo!", e não "Ah, ele tem muitos problemas, mas as qualidades superam os defeitos...". Se a segunda resposta é a que você está mais habituada (ou habituado) a dar, pare e reflita um pouquinho: ou é preciso mudar a sua forma de pensar (você não está sendo exigente demais?) ou, por outro lado, é preciso repensar o relacionamento. Pode ter certeza: você merece alguém que seja o máximo, e não alguém cujas qualidades superem os defeitos! ;)

Você também poderá gostar de:
Imagem
ENREDOS DESTRUÍDOS PELA TECNOLOGIA
Imagem
E QUANDO A CAFEÍNA ESTÁ NO “EU VIRTUAL”?
Imagem
SOMOS ESPONJAS
0 Comentários

Somos esponjas

13/7/2016

2 Comentários

 
 Imagem
Dia desses eu passei horas lendo posts antigos de uma blogueira que eu acompanho. Fiquei vendo como foi o início de sua carreira na Internet e notei como ela tinha um estilo diferente de escrita em relação ao que tem hoje. Li vários posts de anos atrás e, depois dessa imersão nas publicações antigas dela, entrei no meu blog e comecei a escrever meus posts, sobre assuntos que eu já havia listado previamente que queria abordar aqui. Escrevi o primeiro e, quando fui reler, o susto: eu estava escrevendo de forma muito parecida à daquela blogueira em seus primórdios! Estava usando o mesmo tipo de ironia que ela usava, o mesmo humor ácido e, em parte, o mesmo vocabulário. Fiquei assustada com o fato porque, de forma alguma, aquilo foi intencional. Eu estava ali escrevendo um post pessoal, falando das minhas impressões; queria transmitir as minhas ideias e formas de pensar, e não as de qualquer outra pessoa. Afinal, a graça dos blogs pessoais não está nisso? Na pessoalidade dos posts? Enfim: de modo algum o meu objetivo era copiar o estilo de alguém.

Quando tomei consciência disso (de que eu estava me apropriando do modo de escrever de outra pessoa), dei uma editada no que havia escrito, mudando algumas palavras e o próprio estilo de escrita. Estava tentando, assim, aproximar o texto de mim. Mas isso não é estranho? Ter que tomar cuidado para que o meu texto transmita a minha personalidade? Não seria lógico esperar que um texto escrito por mim tivesse naturalmente a minha cara? 

Eis o "x" da questão.

Refletindo sobre o que aconteceu, fiquei ainda mais certa de algo que eu já sabia: somos esponjas. Assimilamos o conteúdo do ambiente no qual estamos imersos; absorvemos tudo o que está à nossa volta. E daí repetimos comportamentos que vemos serem adotados; pronunciamos as palavras que escutamos os outros dizerem; formamos nossa opinião com base no que lemos e ouvimos... E fazemos isso, em grande parte das vezes, de forma completamente inconsciente. Sim, somos esponjas. É claro que, em maior ou menor grau, controlamos a nossa capacidade de absorção. Não reproduzimos todo o tipo de atitude que vemos por aí afora; não usamos todo e qualquer vocábulo que escutamos; e, em regra, não somos papagaios propaladores da opinião alheia de forma irrefletida. Porém, todos estamos imersos em uma cultura, e chega uma hora em que é inevitável agir de determinada forma, porque é a ela que estamos habituados. O homem é, de fato, "produto do meio", ao menos no sentido de que reproduz comportamentos culturalmente incorporados.

Diante desse quadro, acho que duas atitudes se afiguram importantes e necessárias: a primeira delas é ter um potente filtro, agindo reflexivamente sobre as influências externas que chegam até nós. Porém, como nem toda influência é perceptível, precisamos também tomar cuidado com o meio em que mergulhamos. É claro que a realidade do mundo é triste e ele está cheio de coisas erradas; não dá para, simplesmente, ordenarmos que "parem o mundo, que eu quero descer". Assim, partindo da premissa de que temos que aceitar o fato de vivermos numa sociedade cheia de mazelas, é preciso pensar em nível micro, ou seja, nos nossos hábitos individuais, nos ambientes que frequentamos, no tipo de produto que consumimos e nas pessoas com quem convivemos diretamente. 

Em termos práticos, as reflexões que aqui proponho são:
- Quem são as pessoas com quem convivo de perto? Elas trazem coisas boas para a minha vida? Sou suficientemente próximo(a) das pessoas que admiro? Ou deveria buscar estar mais próximo(a) de pessoas que transmitem o bem?
- Qual é o tipo de cultura que eu consumo: ela acrescenta algo bom à minha mente? 
- Que tipo de música eu escuto? Eu ouço esse estilo musical porque eu gosto? Ou simplesmente porque está na moda? Essa música me traz boas sensações ou, pelo contrário, me deixa nervoso(a) e estressado(a)?
- O que o meu vocabulário diz sobre o meu humor e a minha personalidade? 
- Tenho procurado tirar da minha mente o que não interessa, fazendo um verdadeiro "detox mental"?
- Minhas atitudes e hábitos são refletidos? Ou não passam de meras repetições de comportamentos socialmente praticados?

E você? Já pensou sobre isso?

Você também poderá gostar de:
 Imagem
Tal pai, tal filho
 Imagem
Calendário de presidiário
 Imagem
Um viva à vida adulta
2 Comentários

Calendário de presidiário

30/12/2015

6 Comentários

 
Imagem
Qualquer conversa ou texto sobre a felicidade sempre girará em torno de reflexões filosóficas, conceitos vagos e impressões nem sempre exprimíveis. A despeito disso, a felicidade será sempre um tema em voga. "Sou feliz?" e "Estou feliz?" são questões que batem à nossa porta diuturnamente. Acho que nem sempre é fácil detectar de imediato se somos felizes. Mas, fazendo a pergunta pelo caminho inverso – sou infeliz? –, acho mais fácil encontrar a resposta. Não, não sou infeliz. O que não significa que eu esteja 100% satisfeita com todas as áreas da minha vida.
 
Na minha mesa de trabalho eu tenho um calendário que, diariamente, vou riscando para indicar os dias que já se passaram. Faço isso enquanto espero por determinada mudança na minha vida, algo que eu desejo muito, mas que não sei quando acontecerá. Ao riscar cada dia passado, é como se eu dissesse pra mim: "mais um dia se passou. Mais perto você está de alcançar o seu desejo; mais perto você está do dia em que ele se tornará realidade". E assim vou riscando os dias. Quando o mês passa, eu arranco a página correspondente àquele mês.
 
Uma colega de trabalho, passando em frente à minha mesa outro dia, viu meu calendário todo riscado e morreu de dó. "Tadinha! Parece calendário de presidiário!" – ela falou, com certa perplexidade e dose de compaixão. Eu morri de rir da observação, porque realmente nunca enxerguei a situação dessa forma. Não me sinto uma presidiária; nem me sinto infeliz. O que não significa que eu esteja 100% satisfeita (quem está?).
 
Riscar o calendário me conforta; me dá a sensação de dever cumprido, de dias trabalhados, dias vividos. Eu sou assim. Da mesma forma como tenho mania de fazer listas e sair riscando as pendências já resolvidas, fico feliz em riscar o calendário e saber que estou caminhando pra frente, e que – se Deus quiser! – estou cada vez mais perto de alcançar meu desejo.
 
Ao mesmo tempo, riscar cada dia indica que o caminho em direção ao meu objetivo não tem sido fácil. E que eu não estou 100% satisfeita com as circunstâncias atuais. Porém, isso de forma alguma significa que eu vou entregar os pontos e deixar a minha insatisfação se transformar em infelicidade e em um mar de lama para eu me afundar. Ela, ao contrário, é a motivação para que eu caminhe cada vez mais em busca da realização pessoal. Acredito, aliás, que, se eu estivesse 100% satisfeita com todas as áreas da minha vida, minha rotina ia ser um marasmo. Eu não ia ter motivação para mudar, para correr atrás, para batalhar.  
 
Se, na época da faculdade, eu estivesse satisfeita com a condição de estudante, eu não teria sacrificado horas de lazer com estudo e dedicação para conseguir um trabalho que me permitisse formar estando empregada. Se eu estivesse satisfeita com o salário do meu primeiro emprego, eu não teria me esforçado por um emprego melhor. E, em nenhum desses momentos de insatisfação, eu era uma pessoa digna de dó. Pelo contrário: graças à minha insatisfação, fui levada a lugares melhores.
 
Por isso, nesse 30/12, o meu desejo a você, leitor do blog, é que em 2016 você continue insatisfeito com muita coisa. E que seja muito feliz! Assim como eu, que encerro esse ano feliz. Feliz e insatisfeita. ;) 
 
Feliz Ano Novo, pessoal!! 

Você também poderá gostar de:
Imagem
Você faz o que você gosta?
Imagem
O problema de estimação
Imagem
Um viva à vida adulta
6 Comentários
<<Anterior
    Imagem

    Quem escreve:

    Oi! Eu sou a Aline. 
    Sou mineira, casada, mãe, consultora legislativa; e adoro escrever, principalmente sobre as coisas boas e bonitas da vida, dentre viagens, receitas, lugares, inspirações, receber em casa, casamento, vida de casada e faça-você-mesmo. Seja bem-vindo ao meu blog; espero que você encontre muita beleza por aqui!


    Curta o blog:


    Inscreva-se no canal:


    E também no meu canal exclusivo sobre literatura:


    Beleza 
    tem a ver com:

    Todos
    Alemanha
    Beleza
    Bem Estar
    BH
    Blog
    BTVfotografa
    Campos Do Jordão
    Casa
    Casamento
    Cinema
    Comportamento
    Cosméticos
    Crônicas
    Curtas
    Decoração
    DIY
    Download
    Espanha
    Etiqueta
    Hospedagem
    Intercâmbio
    Itália
    Livros
    Londres
    Maternidade
    Moda
    Música
    Natal
    Noivado
    NYC
    Organização
    Paris
    Portugal
    Quilling
    Receber Em Casa
    Receitas
    Restaurantes
    Rio De Janeiro
    Sevilha
    Solidariedade
    Tiradentes
    Viagens
    YouTube


    Política:

    Todas as fotos e textos publicados no blog são de minha autoria, exceto quando sinalizado. 
    Aline Viana.

    Blogs que eu amo:

    • Anita Bem Criada
    • Chata de galocha

    • The VivaLuxury
    • Vida de casada

    Histórico

    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Novembro 2018
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Janeiro 2018
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Agosto 2015
    Julho 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Janeiro 2015
    Dezembro 2014
    Novembro 2014
    Janeiro 2012
    Dezembro 2011
    Novembro 2011
    Outubro 2011
    Setembro 2011

Powered by Crie o seu próprio site exclusivo com modelos personalizáveis.