A estadia em Tiradentes pode durar um dia, um final de semana, um feriado prolongado ou até uma semana. Se você quer explorar ao máximo as opções gastronômicas da cidade, recomendo não ficar menos do que quatro dias. Mas em menos tempo também dá pra aproveitar bastante coisa e comer muito bem!
Como nem tudo são flores, vamos à parte chata: a estrada (BR-040). Apesar de não termos enfrentado um grande engarrafamento nem qualquer problema na estrada (graças a Deus!), o estado da rodovia é deplorável, na minha opinião. 2014 foi ano de Copa, a rodovia liga duas capitais (BH a Rio de Janeiro), e a falta de sinalização, os buracos, a ausência de divisória entre as pistas e a estreiteza de alguns trechos são lamentáveis. A inexistência de um trevo decente para ligar a BR-040 à estrada que vai para Tiradentes (BR-383) também é um aspecto digno de críticas. Mas a boa notícia é que, quando viajamos, estava havendo uma obra para duplicação de parte da BR-383. Assim, pelo menos um trecho já está duplicado.
Uma dica para quem está de carro é parar na cidade de Lagoa Dourada (famosa por seus rocamboles), fazer um lanchinho e comprar uns rocamboles para levar para casa!
Bom, Tiradentes oferece uma série de pousadas românticas, aconchegantes e charmosas. Após pesquisarmos um pouco na Internet, decidimos que iríamos nos hospedar na Pouso de Bartolomeo (http://www.pousodebartolomeo.com.br/home/ - Rua Herculano José dos Santos, 337). A pousada fica um pouco afastada do centrinho histórico. Assim, é uma boa opção para quem quer fugir da “muvuca” do centro, mas não para quem está disposto a fazer tudo a pé: se for se hospedar na Pouso de Bartolomeo, considere descer de táxi ou carro para o centro. Se optar pelo táxi, saiba que lá eles não rodam com taxímetro (o uso do aparelho não é obrigatório em cidades com menos de 50.000 habitantes): o preço é combinado previamente com o taxista (o que não chega a ser um problema, porque os preços não são abusivos). Vale muito a pena pegar o táxi se a cidade estiver muito cheia (por ocasião de feriados prolongados ou do festival gastronômico, que ocorre em agosto de todo ano, desde 1998): por se tratar de uma cidade histórica, com ruas estreitas e muito procurada, estacionar o carro nesses dias não é tarefa fácil.
Voltando à Pousada: vale destacar que se trata de uma casa bem interessante. Sua decoração é feita com móveis rústicos de madeira e objetos de arte, dentre quadros, livros e revistas. A pousada também possui estacionamento e uma área de lazer, com gramado e piscina. Lugar ideal pra relaxar, bem pertinho da natureza! Além da casa principal, na qual ficam os apartamentos, também há casinhas (como se fossem chalés) privativas, onde ficam as suítes. O apartamento em que nos hospedamos foi o 9 (fica na casa principal). O quarto é bem gostoso, romântico, e fica no segundo andar (o que eu acho uma grande vantagem, porque os quartos que ficam no primeiro são muito próximos da área do café da manhã, então acredito que deva fazer algum barulho com as pessoas passando e tomando café). O apartamento 9 tem uma cama de casal com dossel, ar condicionado, TV de plasma, uma mesinha com cadeiras, guarda-roupa, roupão, criados mudos e dois bancos de madeira. Além disso, possui uma ótima vista para a Serra de São José!
Por fim, uma das partes mais importantes: o café. O café da manhã da pousada é muito top! São três mesas grandes com muitas opções: pães, geleias, biscoitos, tortas, doces (goiabada, doce de leite, doce de figo...), nutella, queijos, pão de queijo, salsicha, ovos mexidos, frutas, sucos naturais (incluindo opções detox)... E você ainda pode pedir algo especial na cozinha, como omelete ou tapioca!